sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Fendas da Humpata, Angola
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
História de Pedras
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Espeleologia - Exploração e Comportamento
[1] Este facto autêntico passou-se numa gruta dos Pirenéus da região de Áriège, bem conhecida dos pré-historiadores: guarda estátuas de argila únicas no mundo e a sua descoberta deve-se a uma sorte extraordinária.
Durante uma expedição cuja finalidade era o levantamento de gravuras das paredes de um divertículo da gruta, os filhos do conde Begouen descobriram uma passagem extremamente estreita que parecia dar acesso a uma série de galerias. Após várias horas de esforços, conseguiram alargar a passagem obstruída por concreções estalagmíticas e penetraram numa vasta e comprida galeria belamente concrecionada. O seu trabalho de pré-historiadores consistia em examinar conscienciosamente as paredes a fim de descobrir, se fosse possível, quaisquer novas pinturas ou gravuras. As delicadas e difíceis observações foram negativas e, pesarosos por aquele resultado decepcionante, caminharam lentamente até ao extremo da gruta que terminava em fundo de saco.
Como é regra em semelhantes casos, cada um deles escolheu um lado da galeria e os dois irmãos esperavam encontrar-se no fundo quando, estupefactos, tiveram de parar mesmo no último instante para não esmagar três bisontes esculpidos na argila, coisa até então desconhecida e que continua a ser única no mundo!
Foi grande o espanto, enorme a emoção. Refeitos da estupefacção, examinaram mais de perto aquele conjunto nada vulgar, dando voltas ao redor para melhor observarem todas as formas, e partiram logo a seguir para avisar o pai e os amigos que, sem quererem acreditar, foram imediatamente ver e admirar aquela descoberta extraordinária. Maravilhoso, direis. Sem dúvida, mas aquela descoberta sensacional não deu todos os resultados que se poderiam ter registado se tivesse sido feita nos nossos dias, pois espeleólogos experientes teriam agido diferentemente e não se lamentariam depois por não terem pensado naquilo que poderiam ter acrescentado à sua descoberta.
Ao redor dos bisontes, no chão, encontrar-se-iam, certamente, vestígios de pegadas, as quais permitiriam acompanhar as deslocações dos escultores ou dos oficiantes de cenas de magia e talvez, como aconteceu noutros lugares, determinar o seu número, idade…
Talvez houvesse também, no chão, sinais mágicos, como se encontraram seguidamente noutros locais da mesma gruta, mas certamente de menor importância do que aqueles que se poderiam ter encontrado naquele local especialmente escolhido para colocar as estátuas. Não restavam, portanto, para estudar, senão aquelas esculturas de bisontes. Mas que será feito dos vestígios da presença humana esmagados pelas sólidas botas dos exploradores?
Como é que se pode pensar em tudo?
Ainda que não esperemos fazer descobertas raríssimas, devemos manter uma atenção permanente e qualificada, pois elas podem surgir aos nossos olhos, de um momento para o outro, no mais profundo de uma caverna.
Muito mais culpados são os que, por negligência, antes de penetrarem numa gruta conhecida, omitem informar-se acerca do que foi descoberto pelos seus predecessores.
Assim foram esmagadas, por aqueles mesmos que as procuravam, as moldagens e gravuras no solo que faziam da gruta de Montespan um valioso lugar da pré-história.
Uma tal ignorância é criminosa, pois nestes casos não há a desculpa da surpresa.
[1] Transcrição do livro de Michel Bouillon “Descoberta do Mundo Subterrâneo”, pag. 13 e14 ano 1972.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
O Nascimento da Espeleologia Moderna
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Expedição Áustria 2010
Pode-se consultar a topografia da gruta em: http://www.caverender.de/davhgffm/davhgffm.htm#Plaene
terça-feira, 3 de agosto de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Expedição Angola 2010
Amigos, por dificuldades em aceder com alguma regularidade à Net, temos vindo a actualizar o nosso diário da expedição através do Twitter no site da Federação Portuguesa de Espeleologia.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Expedição, Angola 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
Lapa da Cova - Video Report
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Memórias...
Bivaque, na exploração da Gruta do Frade
Prospecção junto à costa
À passagem na entrada da Gruta do Frade
Prospecção na Serra do Risco
Bandeira na Gruta do Frade
Rapel na Gruta Garganta do Cabo
Após uma exploração de cinco dias em Loferer Schacht
Numa galeria lateral à entrada da Gruta de Loferer Schacht
Formação- Lapa da Janela I
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Curso Nível III- As Toupeiras
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Destino
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Adeus Daniel...
Só tinha vinte aninhos!!
quinta-feira, 15 de abril de 2010
VIII Curso de Espeleologia - Nível III
Pois é, já lá vão quase 4 anitos após a realização do VIII curso de Espeleologia Nível III organizado pela FPE - Federação Portuguesa de Espeleologia. Foi um curso com uma boa participação e onde, para além dos conhecimentos demonstrados e adquiridos, se fortaleceu amizades entre pessoas e associações presentes.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
Travessia Sima del Cueto – Cueva Coventosa
A preparação é de facto fundamental, facilmente se gasta mais de 25 horas desde a marcha de aproximação até à realização efectiva da travessia e os números deste sistema cavernícola são impressionantes: são 815m de profundidade máxima, 32.529m de desenvolvimento, um poço directo de 302m, uma sala com 11.000m2 e um rio subterrâneo com mais de 30km.
Na manhã do dia 3 de Junho, enchendo o peito de coragem, saímos cedinho do nosso albergue e pelas 6:30h chegamos à localidade de San Juan de Socueva onde deixamos o carro.
Com o sol a nascer, iniciamos a marcha de aproximação montanha acima. Foram necessárias cerca 3,5h para vencer o desnível até aos 980m onde se situa a boca de entrada da gruta, aí equipamo-nos e esperamos um pouco que a transpiração da subida secasse para depois iniciar a travessia.
Foi com assombro que me pendurei sobre o grande poço de 300m directos. Esperava-nos, depois de chegar à base de 581m que somam a totalidade da vertical, um percurso de 6,7km com as mais variadas exigências técnicas e físicas. Só aqui, no poço directo, gastaríamos 3 horas para desce-lo e ainda o percurso não era nada. Doía-me o pulso de passar tanto tempo a pressionar o descensor.
Depois dos fabulosos poços chegamos à majestosa Sala das Onze Horas onde me impressionou, entre outras coisas, o facto de haver blocos rochosos quase do tamanho de autocarros; foram praticamente escalados.
Éramos quatro, bem fisicamente, e isso foi o nosso melhor trunfo para seguir em frente. Atravessamos a chamada rede intermédia com galerias maravilhosas e forradas com formações de gesso.
Passos na História
1954 e 1966
Entre os anos de 1954 e 1956 os grupos franceses do Spéléo-Club de Dijon e Spéléo-Club de Paris, exploram os principais meandros da Coventosa.
1968
Os mesmos grupos, através de uma indicação dada por pastores, chegam à entrada da Sima del Cueto e pouco depois alcançam a base do poço, a 300m de profundidade.
1979
A partir do ano de 1968 as explorações prosseguem para unir as duas redes, sendo esse objectivo atingido em 1979 com a participação do Spéléo Grenoblois du Caf.
Ainda em 1979, o Spéléo-Club de Dijon mergulha no sifão e une-o com a rede de entrada da Coventosa.
O vídeo integral pode ser descarregado, nas versões Windows Media, DVD e Blu-Ray, na secção de vídeos do site http://www.lpn-espeleo.org/