Durante a semana da travessia, no albergue onde pernoitamos, lá fomos ouvindo histórias de incursões que correram mal contadas pela boca da simpática proprietária do sítio. Com toda a certeza, ouvi-las não ajuda lá muito bem à preparação psicológica que é preciso ter para vencer esta mítica travessia.
A imensidão subterrânea não dá espaços a enganos ou a faltas de acautelamentos, qualquer situação de emergência deve ser resolvida pela própria equipa e quando esta não a consegue resolver, então está mesmo metida em sarilhos.
A preparação é de facto fundamental, facilmente se gasta mais de 25 horas desde a marcha de aproximação até à realização efectiva da travessia e os números deste sistema cavernícola são impressionantes: são 815m de profundidade máxima, 32.529m de desenvolvimento, um poço directo de 302m, uma sala com 11.000m2 e um rio subterrâneo com mais de 30km.
Na manhã do dia 3 de Junho, enchendo o peito de coragem, saímos cedinho do nosso albergue e pelas 6:30h chegamos à localidade de San Juan de Socueva onde deixamos o carro.
A preparação é de facto fundamental, facilmente se gasta mais de 25 horas desde a marcha de aproximação até à realização efectiva da travessia e os números deste sistema cavernícola são impressionantes: são 815m de profundidade máxima, 32.529m de desenvolvimento, um poço directo de 302m, uma sala com 11.000m2 e um rio subterrâneo com mais de 30km.
Na manhã do dia 3 de Junho, enchendo o peito de coragem, saímos cedinho do nosso albergue e pelas 6:30h chegamos à localidade de San Juan de Socueva onde deixamos o carro.
Com o sol a nascer, iniciamos a marcha de aproximação montanha acima. Foram necessárias cerca 3,5h para vencer o desnível até aos 980m onde se situa a boca de entrada da gruta, aí equipamo-nos e esperamos um pouco que a transpiração da subida secasse para depois iniciar a travessia.
As horas foram-se passando e o cansaço foi-se acumulando até que chegamos à rede da Coventosa. Aí esperava-nos três grandes lagos com 150, 120 e 100m com a água tão gelada que parecia que nos ía estalar os ossos.
Apertados pelo neoprene dos fatos e moídos pelo cansaço lá gastamos mais 3 horas até alcançar a saída. Tinham passado 15 horas desde a nossa entrada, restava-nos agora a marcha até ao carro.