terça-feira, 14 de abril de 2015
quinta-feira, 19 de março de 2015
quarta-feira, 18 de março de 2015
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Património Subterrâneo da Arrábida Oriental XVI
Lapa do Médico II
Planta e Cortes
A Lapa situa-se a cerca de 200m de
altitude desenvolvendo-se sob rochas sedimentares do Jurássico - J²p, com
aproximadamente 150 Ma (Manuppella et al,
1999). Ocupa uma área estimada de 10m² e tem um desnível de -10,00m. O seu
desenvolvimento principal estimado, em projeção horizontal, é de 6m segundo a
orientação SW-NE.
A sua génese parece ter sido condicionada
pela tectónica e pela fracturação a ela associada. De perfil semivertical,
abre-se ao longo do bordo de uma escarpa de falha (Manuppella et al, 1999), parecendo a sua evolução
em profundidade (endocarso) estar intimamente relacionada com as águas
pluviais, coberto vegetal e manta morta, que fez aumentar o CO², determinante para
a dissolução da rocha calcária e, consequentemente para o alargamento das
fraturas aí presentes.
Não menos importante é o facto de a gruta se
situar a uma cota inferior a 220m, aspeto que pode indicar que esta tenha
sofrido com as variações dos níveis marinhos ocorridos, provavelmente, durante
o pliocénico, aquando da formação da zona aplanada do Cabo Espichel, cuja
aplanação parece corresponder a uma superfície de abrasão marinha (Ribeiro et
al., 1987). Poderá, por isso, o mar ter contribuído para o alargamento da
cavidade, uma vez que, durante a sua regressão lenta para os níveis atuais, a
água doce carregada de CO² se teria depositado sobre a água salgada - devido às
densidades - dissolvendo a rocha exposta e alargando as fraturas.
quarta-feira, 25 de junho de 2014
Património Subterrâneo da Arrábida Ocidental
Gruta do Coelho
Planta e Perfis
A Gruta
do Coelho situa-se 115m acima do nível médio das águas do mar, na Serra dos
Pinheirinhos, desenvolvendo-se sob unidades sedimentares
do Jurássico Médio - J²p, com aproximadamente 180 a 160 Ma. (Manuppella et al, 1999). Ocupa uma área estimada de
107m² e tem um desnível máximo em relação à cota de entrada de -13,15m. A sua
orientação preferencial é de 23º e o desenvolvimento principal estimado, em
projecção horizontal, é de 50m segundo as orientações S-NE e NE-E.
É uma
cavidade que se perfila em horizontalidade, constituída por três salas fortemente
concrecionadas e visivelmente condicionadas pela tectónica. A sua evolução
estará intimamente ligada à proximidade da estrutura do doma da Cova da Mijona.
Este acidente tectónico caracteriza-se pela disposição arqueada das litologias,
sendo que as estratificações apresentam-se de forma concêntrica, inclinando
mais na proximidade do núcleo do doma diminuído para a periferia (Manuppella et al., 1999).
Arrábida; interpretações...
Serra do Risco
“…devido ao sucessivo resfriamento e consequente contracção do
planeta que habitamos, a crusta solidificada, que desde a esfera central da
terra ainda fluida chegava até ao fundo desse mar, encarquilhou-se como a pelle
de uma uva que se secca, a ponto de fazer saliências acima do oceano e formar
uma elevada ilha, de que a actual Arrábida não é mais doque um vestígio, comparável
aos restos de altivo e grandioso monumento a que as injurias do tempo não
tivessem deixado senão pequenas porções das suas arruinadas paredes”.
(António Inácio Marques da Costa, 1902).
terça-feira, 24 de junho de 2014
Património Subterrâneo da Arrábida Oriental XV
Gruta do Soprador do Monte Abraão
Planta e Cortes
A entrada da gruta situa-se a cerca de
206m de altitude desenvolvendo-se sob rochas sedimentares do Jurássico - J²p,
com aproximadamente 150 Ma (Manuppella et
al, 1999). Ocupa uma área estimada de 165m² e tem um desnível máximo em
relação à cota de entrada de -20,00m. O desenvolvimento principal estimado, em
projeção horizontal, é de 33m segundo a orientação SW-NE.
A sua génese parece ser muito
condicionada pela tectónica e pela fracturação a ela associada, sendo que a sua
evolução em profundidade (endocarso) ou carsificação, está intimamente
relacionada com as águas pluviais, coberto vegetal e manta morta à superfície,
que faz aumentar o CO² determinante para a dissolução da rocha calcária e para
o alargamento das fraturas presentes.
Não menos importante é o facto de a
gruta se situar a uma cota inferior a 220m, aspeto que pode indicar que tenha
sofrido com as variações dos níveis marinhos ocorridos durante o pliocénico,
altura em que o mar atingiu estas altitudes e foi responsável pela formação da
superfície de abrasão marinha do Cabo Espichel (Ribeiro et al, 1987). Assim, e tal como nas outras cavernas situadas a
cotas semelhantes, o mar, durante a sua regressão lenta para os níveis atuais,
poderá ter contribuído para o alargamento da cavidade, uma vez que a água doce
carregada de CO² se terá depositado sobre a água salgada devido à sua densidade
- erodindo e dissolvendo as fraturas e rocha exposta, através de processos
químicos e mecânicos.
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