quarta-feira, 7 de abril de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
Travessia Sima del Cueto – Cueva Coventosa
A preparação é de facto fundamental, facilmente se gasta mais de 25 horas desde a marcha de aproximação até à realização efectiva da travessia e os números deste sistema cavernícola são impressionantes: são 815m de profundidade máxima, 32.529m de desenvolvimento, um poço directo de 302m, uma sala com 11.000m2 e um rio subterrâneo com mais de 30km.
Na manhã do dia 3 de Junho, enchendo o peito de coragem, saímos cedinho do nosso albergue e pelas 6:30h chegamos à localidade de San Juan de Socueva onde deixamos o carro.
Com o sol a nascer, iniciamos a marcha de aproximação montanha acima. Foram necessárias cerca 3,5h para vencer o desnível até aos 980m onde se situa a boca de entrada da gruta, aí equipamo-nos e esperamos um pouco que a transpiração da subida secasse para depois iniciar a travessia.
Foi com assombro que me pendurei sobre o grande poço de 300m directos. Esperava-nos, depois de chegar à base de 581m que somam a totalidade da vertical, um percurso de 6,7km com as mais variadas exigências técnicas e físicas. Só aqui, no poço directo, gastaríamos 3 horas para desce-lo e ainda o percurso não era nada. Doía-me o pulso de passar tanto tempo a pressionar o descensor.
Depois dos fabulosos poços chegamos à majestosa Sala das Onze Horas onde me impressionou, entre outras coisas, o facto de haver blocos rochosos quase do tamanho de autocarros; foram praticamente escalados.
Éramos quatro, bem fisicamente, e isso foi o nosso melhor trunfo para seguir em frente. Atravessamos a chamada rede intermédia com galerias maravilhosas e forradas com formações de gesso.
Passos na História
1954 e 1966
Entre os anos de 1954 e 1956 os grupos franceses do Spéléo-Club de Dijon e Spéléo-Club de Paris, exploram os principais meandros da Coventosa.
1968
Os mesmos grupos, através de uma indicação dada por pastores, chegam à entrada da Sima del Cueto e pouco depois alcançam a base do poço, a 300m de profundidade.
1979
A partir do ano de 1968 as explorações prosseguem para unir as duas redes, sendo esse objectivo atingido em 1979 com a participação do Spéléo Grenoblois du Caf.
Ainda em 1979, o Spéléo-Club de Dijon mergulha no sifão e une-o com a rede de entrada da Coventosa.
O vídeo integral pode ser descarregado, nas versões Windows Media, DVD e Blu-Ray, na secção de vídeos do site http://www.lpn-espeleo.org/
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Cueva de la Gándara, Espanha.
Impressionou-me, acima de tudo, a facilidade com que se chega à entrada da gruta e daí até às primeiras salas: a sua preservação é excelente.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Um Ano.
Com ele, procurei partilhar um pouco das experiências que tenho vivido ao longo destes Onze anos de pura paixão pelo mundo subterrâneo, do companheirismo que a ele vem associado e, acima de tudo, da minha maneira de estar na vida… numa (na maior) parte da minha vida.
A gruta do Meio, Cabo Espichel.
Abîme de Bramabiau, França.
A Gruta do Sono, Serra dos Pinheirinhos.
Sima de la Cuesta del Cuivo - Mortero de Astrana, Espanha.
Lapa do Forte do Cavalo, Serra das Baterias.
Travessia La Rubicera – Mortero de Astrana, Espanha.
Descida ao Aven de Hures, França.
Gruta do Frade, Serra dos Pinheirinhos.
Travessia Gouffre du Burtetch – Grotte du Riusec, França.
Gruta Garganta do Cabo, Cabo Espichel.
Trou des Corbeaux, França.
Gruta do Meio. A descoberta.
Cueva Coventosa, Espanha.
Travessia du Pas-d`Estrech – La Cabane de St-Paul, França.
Travessia Torca de Tonio – Cueva Cañuela, Espanha.
Uma Descoberta Fantástica.
Gruta de Loferer Schacht, Áustria.
Gouffre Berger, França.
O tempo do Risco.
Férias, pois então!
Gouffre du Trou du Vent de las Goffias, França.
A Gruta do Frade… e o 11 de Setembro de 2001.
Operação Cantábria 2009.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Operação Cantábria 2009.
Na semana de 31 de Maio a 6 de Junho executamos as travessias da Torca Tibia – Cueva Fresca, Cueto – Coventosa, Sistema del Río Munio e ainda uma pequena incursão ao Sistema del Gándara.
Estas travessias caracterizam-se pela sua grande extensão e desnível. Também as marchas de aproximação obrigam os espeleólogos a vencer desníveis consideráveis para alcançar a entrada.
Como já vem sendo hábito no nosso grupo e depois de algum tempo gasto na sua edição, publicamos agora em vídeo o registo dessa grande semana.
Disponível nas versões Windows Media, DVD e Blu-Ray, na secção de vídeos do site www.lpn-espeleo.org
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
A Gruta do Frade
Foram ao fim desse tempo, mais de quinhentos dias e quinhentas noites debaixo de terra, foram muitos verões em que os nossos amigos, à superfície, não nos viam em lado nenhum mas aguardavam as nossas notícias. Foi uma imensa ida ao paraíso na terra por nós conquistado, foi um grandioso estado de alma que nos fechou num mundo, para nós, perfeito.
Ao longo desses quatro anos, nos meses referidos, a nossa equipa entrava na caverna quase sempre às segundas-feiras e só voltava a ver a luz do dia na sexta-feira seguinte. Durante esses dias estávamos totalmente incontactáveis, em regime de auto-suficiência e, do mundo lá fora, só tínhamos actualizações quando chegávamos ao ponto de partida, no porto de abrigo de Sesimbra.
Na segunda-feira do dia 11 de Setembro de 2001 aconteceram os atentados suicidas nos Estados Unidos, e nós, tínhamos entrado na gruta às 09:30h. Só voltamos a sair na sexta-feira seguinte e, sobre este acontecimento que marcou e mudou o mundo, só soubemos do sucedido em casa, pela televisão, quatro dias depois!